Entrevista com Ana Martelo do Portal Freelancer

O que é ser Freelancer? Como ser Freelancer? Como ganhar dinheiro como Freelancer? são algumas das questões – entre outras – que se levantam quando pensamos como funciona o mundo do freelancing, e como é que esta poderá ser uma solução para escolher como aposta no futuro.

No contexto económico atual, creio que se abre uma porta para ultrapassar os obstáculos que se colocam à frente de muitos, através da aposta numa carreira como freelancer, seja num contexto temporário, ou numa perspectiva mais definitiva.

Por este motivo, e porque creio que o conteúdo pode ser útil a muitas pessoas, propus à Ana Martelo do Portal Freelancer, uma freelancer com alguns anos de experiência e conhecimento sobre o tema, que respondesse a algumas questões, sobre o mundo do freelancing.

Ana Martelo - Portal Freelancer

JR – Como começaste a trabalhar como Freelancer?

AM – Bem, ao contrário do que acontece com a maioria dos Freelancers, eu comecei a trabalhar a tempo inteiro por uma questão de necessidade. Estive empregada num jornal regional durante alguns meses que acabou por me deixar fisicamente muito abalada (até pela carga horária a que estava sujeita diariamente), por isso por questões médicas vi-me obrigada a permanecer em casa durante pelo menos 2 meses.

Como as contas não se pagam sozinhas, comecei a tentar encontrar alguns trabalhos através de colegas que tinha online, assim fui começando a ganhar portfólio, a ganhar alguns clientes e acabei mesmo por experimentar ficar a trabalhar assim durante alguns meses até estar completamente recuperada.

A verdade é que depois comecei a ganhar bastantes clientes e a optar por trabalhar exclusivamente assim, pelo menos enquanto conseguir!

JR – Achas que Freelancer pode ser uma forma de superar problemas financeiros?

AM – O Freelancer é uma excelente forma de superar a crise, tal como estamos nela neste momento, porém é importante referir que não é benéfico para ninguém interiorizar que é através do Freelancer que vai enriquecer.

Se vai optar pelo Freelancer apenas como part-time, então o melhor mesmo é nem sequer pensar muito na questão financeira, fazendo uso dela apenas como um bónus ao final do mês, ideal para aquelas compras extra que surgem sempre ou simplesmente para iniciar um bom pé-de-meia.

Agora, se o seu desejo é ajustar o Freelancer como a sua tábua de salvação da crise, o melhor mesmo é retirar essa ideia. Não que seja impossível ganhar bom dinheiro a trabalhar de forma independente, apenas é extremamente complicado de o fazer inicialmente, onde não existe uma carteira de clientes, não há conhecimento do seu serviço ou simplesmente não tem um portfólio para mostrar aos interessados.

JR – É possível ganhar um bom ordenado como Freelancer?

AM – Se é um excelente profissional na área, se sabe vender o seu produto e a sua imagem aos possíveis clientes e se sabe lidar muito bem com os clientes que lhe vão surgindo ao longo da carreira, então é extremamente possível ganhar um bom ordenado como Freelancer.

Porém, é importante lembrar a máxima “Se não se mostrar, ninguém sabe de si”, isto é, se os clientes não souberem da sua existência, nunca poderão optar pelos seus serviços para satisfazer as suas necessidades, por isso seja um óptimo vendedor e faça chegar até ao máximo de público possível a sua lista de serviços, o seu portfólio e até os antigos clientes.

JR – Como coordenar uma atividade Freelancer com um emprego a full-time?

AM – Esta é uma situação bastante complicada, até porque como já referi anteriormente, o Freelancing implica alguma dedicação intensa, para dar a conhecer o seu trabalho e chegar aos clientes. No entanto não é impossível, desde que saiba gerir muito bem o seu tempo, delinear muito bem quais são e quantas são as horas que vai dedicar ao Freelancer, consegue perfeitamente conciliar as suas atividades e ainda ter tempo para os tempos livres e para conviver com a sua família.

O mais provável é que nos primeiros meses vai perder completamente a noção do tempo, chegando a casa e terminando trabalhos que ficaram do dia anterior para concluir, esquecendo-se assim da família, dos amigos e até dos seus afazeres domésticos. No entanto, com o passar do tempo e com o factor chave do Freelancer – a organização – vai conseguir restringir muito bem o seu tempo para o Freelancer.

JR – Qualquer pessoa pode trabalhar como Freelancer? O que é preciso?

AM – Nos dias que correm sim, pelo menos na minha opinião. Dependendo da área de actuação, vai necessitar de diversas ferramentas.

No que diz respeito às áreas ligadas às Tecnologias de Informação, o mais provável é que necessite apenas de um computador pessoal com ligação à Internet e o software necessário para o seu trabalho. Porém, existem algumas áreas de atuação que são necessárias outras ferramentas, como é o caso da Fotografia ou mesmo o Design.

Nestes casos, qualquer pessoa, desde que tenha o material necessário, pode trabalhar como Freelancer. Agora falando em termos legais, para trabalhar como Freelancer em Portugal é necessário passar um recibo pelo serviço prestado e para isso é necessário estar colectado nas Finanças como Trabalhador Independente.

JR – A Internet veio mudar para melhor ou pior o Freelancing?

AM – Os dois. A Internet veio ajudar e estragar muitas áreas de emprego, não só na questão Freelancer como em todas as outras, se não vejamos: com a facilidade de acesso à Internet hoje em dia é possível fazer praticamente tudo através da mesma, desde compras a pagamentos, a requisição de serviços e até prestação de serviços, vindo assim a facilitar muito a vida de todos, mas dificultando algumas áreas de trabalho que deixaram de necessitar de tantos profissionais.

Nomeadamente na área do Freelancer, veio facilitar a forma como o cliente contacta o profissional, ajudando na escolha através do portfólio online ou simplesmente no contacto do mesmo por e-mail. A entrega dos trabalhos e até a rapidez com que esta é feita veio igualmente facilidade o Freelancer, já que agora não é necessário perder imensos dias num mês para mostrar provas a clientes. Porém, com a massificação da Internet e com a necessidade das pessoas gerarem mais dinheiro, surgem muitos “freelancers” que não trabalham de forma legal, praticando preços completamente ridículos e que acabam por estragar o mundo comercial, não que os seus serviços sejam maus, mas dada a situação económica que se vive, os clientes vêm-se obrigados a escolher conforme o orçamento e não o objectivo final.

JR – O que é bom e mau em trabalhar como Freelancer?

AM – O Freelancer tem inúmeras vantagens e desvantagens. As vantagens, são lógicas, até porque apenas o facto de trabalhar na sua própria casa é uma excelente vantagem, podendo ter tudo o que necessita ao seu lado. O facto de trabalhar na sua área de eleição é também uma excelente vantagem, pois ninguém inicia um processo de Freelancer numa área em que não se sinta à vontade e com conhecimento de causa, se não o sucesso é algo que nunca vai conseguir alcançar.

Porém, como é natural, existem algumas desvantagens que tornam o Freelancer inacessível para algumas pessoas. Nomeadamente a questão horária, ou melhor, a falta dela, é algo que pode vir a afectar fisicamente e até profissionalmente qualquer Freelancer. A não obrigação de manter um horário fixo, podendo até levar a optar por horários diferentes do normal, pode vir a desgastar a sua saúde e sem saúde ninguém consegue trabalhar.

Outra das situações menos boas do Freelancer é a insegurança financeira que vive. Dado que o Freelancer depende exclusivamente dos clientes que lhe pedem algum tipo de serviço, o mais natural de ocorrer são meses completamente distintos, uns cheios de trabalho e que chegam mesmo a ser insuportáveis, e outros sem qualquer tipo de projeto, levando a uma situação instável financeiramente.

Agora falando na questão legal, financeira e até de pagamentos, temos a grande desvantagem do pagamento das taxas aos serviços nacionais, como é o caso da Segurança Social. Qualquer Freelancer que trabalhe exclusivamente como independente tem que fazer os seus descontos para a Segurança Social, o que em termos legais em nada é incorreto, no entanto pensando na questão Freelancer (lembrando a situação financeira instável), logo se percebe que este pagamento pode vir mesmo a traduzir-se num problema mensal que muitos Freelancers não conseguem ultrapassar. Em termos práticos, depois do primeiro ano com recibos verdes em que o Freelancer está isento, as taxas aplicadas têm que ser pagas, independentemente se o Freelancer consegue ou não trabalho nesse mês.

JR – Se tivesses de começar do zero, o que farias e como?

AM – Infelizmente um dos meus grandes defeitos é não pensar muito no futuro, isto é, não planear as coisas com uma grande distância temporal. Por isso, se tivesse que começar tudo do zero, o mais provável é fazer tudo como fiz, com bastante calma, alguma segurança e tentar ao máximo aumentar a minha carteira de clientes, já que são estes que me colocam o comer na mesa para eu comer.

JR – Dicas essenciais para ser bem sucedido como Freelancer?

AM – Podia estar aqui o resto do dia a deixar algumas dicas para trabalhar como Freelancer, mas nenhuma delas ia ser suficiente para quem está a começar conseguir alcançar o sucesso sem esforços.

Qualquer Freelancer bem sucedido tem um enorme esforço por trás, através da construção da própria carreira e do sucesso deste junto dos clientes. Um bom Freelancer tem que saber vender “o seu peixe”, isto é, saber vender o seu conhecimento, o seu produto final e até o seu preço. Falar com vários tipos de pessoas é algo que vai estar habituado a fazer, porém há sempre clientes menos bons e mais complicados, que devem ser tratados de igual forma como os outros, por isso esta é outra das áreas em que o Freelancer tem que saber lidar muito bem.

Não encarar o sucesso como um dado adquirido é extremamente importante para conseguir alcançar os seus objectivos, já que a vida de Freelancer é algo inconstante, o mais provável é que hoje tenha imenso sucesso e amanha, por algum motivo, perca todo esse sucesso e tenha que recomeçar do novo. Assim, encare cada dia como um apenas, tentando ultrapassar os seus objectivos e a forma como trabalhou no dia anterior.

O conhecimento constante e a aprendizagem contínua é igualmente essencial para conseguir ser bem sucedido no Freelancer, já que há sempre algo a aprender, é importante que o Freelancer se distinga de todos os outros, não só pela técnica, pela sabedoria e também pelo conhecimento intrínseco que possui.

Agradecimento e Questões

Naturalmente, quero agradecer à Ana a sua disponibilidade e empenho que mostrou a responder às questões que lhe coloquei, e deixo aqui o convite a todos os leitores e assinatantes, que tenham curiosidade em saber algo sobre freelancing, a deixarem a sua questão nos comentários, que a Ana se disponibiliza a responder.

Os interessados não deixem também de visitar o Portal Freelancer!

Como Sobreviver ao Google Panda

Há tempos expliquei o que é o Google Panda, bem como os seus impactos na vida de um site. Agora, e porque um cliente viu o seu site banido das SERP’s do Google, pensei que seria útil partilhar com todos os leitores, o que deverá fazer para ultrapassar este problema e voltar progressivamente a recuperar os seus rankings.

Antes de mais, se procura uma solução milagrosa que resolva o problema em 5 minutos ou em apenas 3 cliques, esqueça porque não existe!

Google Panda

Sobre as alterações do algoritmo que estão na base do Google Panda, o Google publicou um artigo no seu blog, em que coloca uma série de questões que permitem aos webmasters e bloggers, verificarem se o seu site ou blog está imune ao Panda.

Este é um excerto desse artigo, onde constam as perguntas que podem ser verificadas para tentar entender o que poderá ter causado (ou vir a causar) o problema de ser banido dos resultados do Google.

Of course, we aren’t disclosing the actual ranking signals used in our algorithms because we don’t want folks to game our search results; but if you want to step into Google’s mindset, the questions below provide some guidance on how we’ve been looking at the issue:

  • Would you trust the information presented in this article?
  • Is this article written by an expert or enthusiast who knows the topic well, or is it more shallow in nature?
  • Does the site have duplicate, overlapping, or redundant articles on the same or similar topics with slightly different keyword variations?
  • Would you be comfortable giving your credit card information to this site?
  • Does this article have spelling, stylistic, or factual errors?
  • Are the topics driven by genuine interests of readers of the site, or does the site generate content by attempting to guess what might rank well in search engines?
  • Does the article provide original content or information, original reporting, original research, or original analysis?
  • Does the page provide substantial value when compared to other pages in search results?
  • How much quality control is done on content?
  • Does the article describe both sides of a story?
  • Is the site a recognized authority on its topic?
  • Is the content mass-produced by or outsourced to a large number of creators, or spread across a large network of sites, so that individual pages or sites don’t get as much attention or care?
  • Was the article edited well, or does it appear sloppy or hastily produced?
  • For a health related query, would you trust information from this site?
  • Would you recognize this site as an authoritative source when mentioned by name?
  • Does this article provide a complete or comprehensive description of the topic?
  • Does this article contain insightful analysis or interesting information that is beyond obvious?
  • Is this the sort of page you’d want to bookmark, share with a friend, or recommend?
  • Does this article have an excessive amount of ads that distract from or interfere with the main content?
  • Would you expect to see this article in a printed magazine, encyclopedia or book?
  • Are the articles short, unsubstantial, or otherwise lacking in helpful specifics?
  • Are the pages produced with great care and attention to detail vs. less attention to detail?
  • Would users complain when they see pages from this site?

Essencialmente, o Google Panda assume-se como uma alteração que permite ao Google separar “o trigo do joio”, ou seja, os sites (que o Google considera) com qualidade, dos restantes.

Embora seja discutível, se os critérios utilizados são os corretos ou não, não existe nem margem de manobra, nem capacidade de negociação, pois o Panda veio para ficar.

Se tem seguido sempre as Guidelines do Google, então, à partida, não terá nada para se preocupar. Digo à partida, porque não é uma ciência exata.

Seja como for, se o seu site for apanhado nas malhas do Panda, aqui ficam algumas dicas para ultrapassar o problema e retornar o seu site à sua vida “normal”.

1. Publicidade

O Panda penaliza os sites com excesso de publicidade, pelo que é conveniente rever este aspeto no seu site.

Se utiliza o Adsense, tenha atenção que o número máximo de blocos de Adsense por página são 3.

Nos comentários recentes noutro artigo, um deles era de um leitor que foi “caçado” pelo panda. Quando verifiquei o seu site, vi que haviam páginas que tinham 4 e até 5 blocos de Adsense.

Escusado será dizer, que isso é MUITO prejudicial.

2. Conteúdo

Não sendo novidade o que eu defendo, pois já o disse milhões de vezes, mas, criar conteúdo original e de qualidade, deve ser a sua prioridade nº1, ou pelo menos algures no topo das prioridades.

Não só é benéfico em muitas outras vertentes, mas também aqui, ajuda bastante a que o seu site seja visto pelo Google, com bons olhos.

3. Usabilidade

A usabilidade é algo que também já falei aqui imensas vezes. Veja os artigos: Como Aumentar a Taxa de Conversão Dos Seus Visitantes, Design e Usabilidade, como chegar ao primeiro lugar no Google e De 5.000 a 20.000 Visitas/Mês Em Menos de 2 Meses.

Neles, o que digo repetidamente, é que a usabilidade é algo muito importante, não só em termos da forma como o seu site é utilizado pelos seus visitantes, mas também como aspeto importante para melhorar os seus rankings e captar mais tráfego.

4. Rapidez do Site

Outro aspeto que já falei aqui várias vezes, é a importância da rapidez do seu site.

Não fosse este aspeto importante já por si, mas além disso tornou-se num dos muitos analisados pelo Google, na classificação qualitativa dos sites para efeitos de rankings e não só.

Eu próprio tenho andado a fazer testes aqui no Web Marketing, há mais de 2 meses, mas ainda não publiquei os resultados porque não foram conclusivos. De qualquer forma, é muito possível, que não sendo conclusivos, os partilhe com os leitores para estes verem o que eu fiz e poderem replicar nos seus sites.

Entretanto, veja aqui algumas ferramentas para medir a velocidade do site.

Conclusão

Embora possam haver muitos aspetos em análise, como se pode ver pelas perguntas enunciadas pelo Google, parece-me mais ou menos linear, que se seguir as guidelines do Google no que respeita à criação de sites de qualidade, isso não será um problema.

Se o seu site for “caçado” por algum motivo, reveja todos estes aspetos com atenção. Existem muitas dicas e informação útil e prática aqui no Web Marketing, que pode utilizar desde logo para melhorar o seu site.

Quanto à recuperação, seja paciente!

Ela não acontecerá no espaço de dias depois de alterar o seu site, mas acontecerá concerteza. Seja paciente e empenhado em cumprir todas as regras, que de forma natural, recuperará os rankings nas SERP’s do Google, mesmo que isso represente algum trabalho adicional, verá que será compensado mais tarde.

O que tenho notado, é que algumas pessoas, ou por desleixo, ou por desconhecimento, não têm vindo a cumprir as regras estabelecidas pelo Google.

Normalmente não é daquelas coisas que as pessoas se preocupem quando estão a criar ou manter um site, no entanto, e uma vez que o Google é (neste momento e até ver) o rei dos motores de busca, é de todo conveniente, que este tipo de verificação passe a constar da sua checklist quando estiver a verificar, criar ou manter o seu site.

Workshop Gratuito no Creative Learning Lisboa 2011

A convite do E-Goi vou estar presente na realização de um Workshop no Creative Learning Lisboa 2011, um evento “cheio de eventos” que irá decorrer no dia 26 de Outubro no Centro de Congressos de Lisboa e VOCÊ está convidado (entrada gratuita).

A minha presença estará focada no workshop que irei realizar às 11:30h com o título “A Terceira Visão – Abordagem alternativa ao sucesso online” e que irá incidir numa apresentação inédita e recheada de conteúdo muito útil.

Não apenas irei expor um case study de sucesso, mas também vou explicar como se chegou lá, e exatamente como funciona esta abordagem noutro mercado com um exemplo prático.

Para que fique por dentro do que poderá esperar, aqui fica o programa do workshop:

  • Um Case-Study de Crescimento Sustentado
  • Fundamentos Vs Objetos Brilhantes
  • O Que as Pessoas Querem
  • Eliminar Objeções à Compra
  • Uma Estratégia de Sucesso (Results In Advance)
  • O Outro Lado do Email Marketing
  • O Tamanho Importa?
  • Test & Learn – The Butterfly Effect

Como disse anteriormente, a entrada é gratuita e existem muitos eventos durante o dia que poderá aproveitar para recolher conhecimento (que nunca é demais), pelo que é uma oportunidade interessante para poder assitir a várias palestras e workshops.

Aqui pode obter mais informação sobre a localização do eventos e respetivos contatos.

Vemo-nos por lá?

Site do evento: Creative Learning Lisboa 2011

Como Chegar ao Primeiro Lugar no Google

Chegar ao primeiro lugar no Google, é uma prioridade de todos aqueles que têm um site ou blog, pois a quantidade de visitas que se consegue captar de forma gratuita, é bastante superior a qualquer outra posição (em média mais 20%-30% que o 2º lugar).

Desde que se cumpram determinados requisitos, é possível chegar ao primeiro lugar do Google, com maior ou menor dificuldade dependendo do nicho e das keywords escolhidas. No entanto, é importante que invista a sua energia no que é realmente importante.

Um aspeto que deve ter sempre em consideração, é que a internet não é estática, logo, investir tempo e dedicação em SEO para chegar ao primeiro lugar, é um processo contínuo e que deve ser “alimentado com o tempo”, de forma a dar frutos durante mais tempo também.

Como Chegar ao Primeiro Lugar no Google

 

primeiro lugar no google

Não existe uma receita mágica, mas as dicas que publico neste artigo/guia, são as que eu próprio utilizo com muito sucesso. Então, aqui vamos:

1. Saber Escolher as Melhores Keywords ou Palavras-Chave

Saber escolher as melhores keywords, é algo que já falei aqui no Web Marketing, e é um fator sobre o qual reverte grande parte da importância do processo de SEO.

Se investir muito tempo e dedicação com as keywords erradas, mesmo que faça tudo o resto, dificilmente conseguirá chegar aos primeiro lugar no Google para uma pesquisa que seja relevante. Por isso, é absolutamente fundamental, saber escolher as melhores keywords.

Embora existam vários métodos de o fazer, eu já demonstrei aqui, uma forma fácil e ao alcance de qualquer pessoa, mesmo com poucos ou nenhuns conhecimentos de SEO.

2. Utilizar Correctamente as Keywords ou Palavras-Chave no seu Site

Saber escolher as keywords é muito importante, mas igualmente importante, é saber usá-las no seu site com eficácia, de forma a maximizar o potencial de otimização, de forma a conseguir bons rankings.

Já falei aqui sobre como utilizar corretamente as keywords no seu site, e a verdade é que, ainda hoje, veja muita asneira em muitos sites.

Não vou entrar na “discussão” do “Back-Hat vs. White Hat”, porque me parece infrutífero e cada um sabe de si, mas eu recomendo práticas que sejam autorizadas pelo Google e não violem as suas regras. Se você não o fizer, o risco é seu.

Seja como for, faça uma utilização ponderada e inteligente das palavras-chave, de forma a retirar o maior benefício e a potenciar o site ou página para o melhor posicionamento possível. (recomento a leitura do artigo que referi no início deste ponto)

3. Legibilidade Usabilidade e Acessibilidade

Alguns aspetos que, ainda hoje, não recebem a devida atenção da parte de muitos webmasters e bloggers, são a legibilidade, usabilidade e acessibilidade do seu site.

É muito importante que um site disponibilize os seus conteúdos de forma e limpa (sem excessos de publicidade) e com uma navegação simples, que permita ao utilizador chegar onde quer com facilidade.

Embora este fator não seja uma causa direta para chegar ao primeiro lugar, contribuem de forma indireta para ter uma Bounce Rate (ou Taxa de Abandono) baixa. Ora, se a taxa de abandono for baixa, isso é um indicador para o Google, que o utilizador encontrou o que procurava, dando assim mais importância ao seu conteúdo para o termo utilizado na pesquisa.

Por todos estes motivos, é cada vez mais importante, saber cativar os visitantes no seu site.

4. Relevância

À semelhança do ponto anterior, e, tendo em conta que soube escolher as palavras-chave para o tema em questão, outro aspeto a considerar é a relevância desse conteúdo para a pesquisa efetuada.

Ou seja, se otimizar o seu conteúdo para a palavra-chave “ABC”, e depois o conteúdo da sua página incidir mais sobre a palavra-chave “DEF”, isso denotará uma menor relevância entre o termo utilizado na pesquisa e o conteúdo da página.

O mesmo acontecerá se se dedicar apenas a criar títulos de artigos ou páginas que incidam no “Fantástico” para captar a atenção das pessoas, não correspondendo, depois, com conteúdo à altura.

Qualquer um destes aspetos, terá influência no aumento da taxa de abandono, o que, a médio prazo, será prejudicial para si, já que a relevância e correlação entre a palavra-chave utilizada na pesquisa e o seu conteúdo será baixa.

5. Conteúdo de Qualidade É REI

Embora possa já ter lido isto aqui no blog no 3º artigo da série como aumentar as visitas ao seu site, ou em outro site qualquer, a verdade é mesmo esta: o Conteúdo de qualidade é REI!

Criar conteúdo de qualidade, que seja relevante para o tema em questão, é uma excelente forma de conseguir destacar-se dos demais e subir nos rankings, em busca do ambicionado primeiro lugar no Google.

Existem inúmeras vantagens em criar conteúdo de qualidade, das quais eu destaco, o fato de permitir fazer chegar informação relevante às pessoas que a procuram, e, criar uma imagem de autoridade no seu nicho que ganhe o reconhecimento das outras pessoas.

Estes fatores, vão-se refletir no aumento da notoriedade e reconhecimento do seu conteúdo como tendo qualidade, e por isso, irão atribuir-lhe maior valor e relevância para as pesquisas relacionadas.

7. Link Building

Um dos aspetos mais importantes do processo de SEO, é, sem dúvida, o Link Building, ou criação de links que apontem para o sei site ou página.

O link building assenta em 2 vertentes muito importantes:

  • Internal link building (links que apontam para uma certa página dentro do próprio site)
  • External link building (links que apontam para uma certa página a partir de outros sites)

Embora haja um peso maior no segundo fator, o que é natural, o primeiro também é importante, pois se queremos que uma determinada página seja reconhecida como um recurso relavante para um certo tema, também é importante que isso se reflita no nosso próprio site, havendo links relavantes para essa página

No link building, existem muitas formas de conseguir links para o seu site (também chamados de backlinks), e na maior parte dos casos, eles complementam-se, não havendo apenas um que seja decisivo, embora possam ter importâncias e impactos diferentes.

No entanto, o que aconselho é a utilização de vários métodos em conjunto de forma a conseguir implementar uma estratégia de link buiilding de sucesso.

Outro aspeto importante a considerar que já falei aqui no blog é: o que são links follow e links no-follow, e como é que isso poderá interferir no seu processo de otimização.

Por último, mas não menos importante, é que tenha a noção que quanto melhor forem os conteúdos que você criar (veja o ponto anterior), maior será a probabilidade de que sejam outros bloggers e webmasters a criarem links para o seu conteúdo como forma de reconhecimento da sua qualidade e até como forma de recomendação aos seus leitores.

Não se esqueça, que muitos links não é sinónimo de bons links. Para saber mais sobre este tema, leia os artigos que falo neste ponto.

8. Social Media

Não se pode desligar por completo das redes sociais, pois elas são hoje, um aspeto fundamental para divulgar conteúdos, aumentar o alcance da sua comunicação, estabelecer relações com os seus fãs e leitores e aumentar as exposição e visibilidade de um site

Não havendo uma relação direta entre a utilização das redes sociais e a obtenção de bons rankings, a verdade é que à data de hoje, já existem páginas das redes sociais que estão incluídas nos resultados de pesquisas que são efetuados no Google.

Não sendo sinónimo que isso afetará diretamente os rankings, não me parece que seja uma atitude inteligente, desperdiçar todo o potencial das redes sociais no processo de divulgação e otimização de um site.

As redes sociais, não só lhe permitem aumentar o alcance e visibilidade da sua comunicação, mas consequentemente, ao chegar a mais pessoas, maior será também a probabilidade, de haver quem crie links para o seu site ou página, seja dentro ou fora da rede, o que irá contribuir para aumentar o número de links que apontam para esse site ou página.

9. Uptime e Velocidade do Site

Não sendo de espantar, muitas pessoas ainda optam pelo alojamento de sites barato indiscriminavelmente, sem terem o mínimo de cuidado em analisar outros aspetos muito importantes, como é o uptime (tempo em que o site está acessível).

Não é de admirar, de todo, que depois muitos se queixem, que o site está offline por longos períodos de tempo, e de forma recorrente.

Este fator, embora não esteja relacionado diretamente com a obtenção de um bom posicionamento nas pesquisas, poderá contribuir de forma negativa, se acontecer frequentemente, pois o Google ao apresentar um resultado que se encontra offline muitas vezes, não estará a prestar um bom serviço ao utilizador, logo será um aspeto que deverá considerar na escolha do alojamento do seu site, além do preço.

O mesmo acontece com a velocidade do seu site.

Utilizar sites com base em tecnologias como o Flash, é algo que o pode prejudicar bastante, tanto em termos de SEO, já que dificulta a leitura do site por parte dos motores de busca, como tende a criar um site que é lento no carregamento.

Não é apenas o Flash que pode causar lentidão no carregamento, existem muitos outros aspetos, como a não otimização das imagens utilizadas no site, utilização excessiva de publicidade, páginas com excesso de conteúdos, etc.

Recomendo a leitura do artigo que escrevi recentemente sobre como otimizar as imagens para a web.

10. Website Reach

O website reach ou alcance de um site, tal como outros aspetos que abordei, não é algo com influência direta nos rankings, mas em conjunto com outros aspetos, poderá ter influência e ajudá-lo a conseguir chegar ao primeiro lugar no Google, até porque está intimamente relacionado com outros aspetos que aqui falei.

O alcance de um site é medido pela cobertura que este consegue obter na web, isto é, com base num conjunto de indicadores, qual será a cobertura que o site consegue atingir em termos de audiência.

Neste fator, são conjugados aspetos como o número e qualidade de links que apontam para o site em questão, a sua presença e utilização das redes sociais, a utilização de outras plataformas para divulgação de conteúdos, como é o caso do YouTube para o vídeo e do SlideShare para apresentações de PowerPoint, entre outros.

Conclusão

Embora alguns dos aspetos que falo neste artigo não sejam sinónimo de contribuição direta para chegar ao primeiro lugar no Google, eles são, na minha opinião, um suporte muito importante para o conseguir e para o manter.

A relação que existem entre muitos deles, é de tal forma, próxima, que muitas vezes, torna-se difícil distinguir onde começa e acaba a contribuição de cada um deles para a obtenção de bons rankings.

Não se esqueça que a internet, como já disse atrás, é um meio volátil e está em constante mutação, pelo que o processo que chegar ao primeiro lugar no Google, é um processo contínuo, até porque, depois de lá chegar, o mais importante, será conseguir manter-se lá.